Artigo da Aport na Revista Somando de Abril
Os governos podem quebrar? Nossas empresas não.
Todos nós sabemos o nível de endividamento, desmandos, falta de responsabilidade e de desperdício que temos em nossos governos. Cada novo governo que assume, despreza e abandona programas, projetos, ações e, com isto, lá se vão recursos importantíssimos pela ladeira abaixo…!Os erros se repetem, por anos a fio, e aqueles que deveriam “fiscalizar”, fazem “acordos” e se agarram às amarras, ou brechas da nossa legislação para se beneficiar, confundir, mascarar ou ludibriar, independente do mérito ou teor do erro. E assim, cada erro dá margem a novas desculpas, que permitem justificar-se e defender-se sem arcar com o peso e as consequências dos próprios atos. Pior, podemos nos indignar, mas não podemos destituir ou exonerar os
responsáveis, apesar de sermos os “donos” da nação.
Mas, para o Estado não “quebrar”, quando está caindo no abismo, as estratégias são lançar mão de um novo imposto para aumentar a receita, atrasar pagamentos, abandonar obras e promessas que antes eram imprescindíveis… E, novamente, aqueles que deveriam fiscalizar continuam “embromando.”
Por outro lado, na iniciativa privada (empresas), admitir desperdício, postergação, erros banais de gestão, não tem perdão! Errou no atendimento, errou no preço, na qualidade, perdeu clientes e, consequentemente, vendas. Não fez gestão dos recursos materiais e humanos, tem as despesas maiores que as receitas, ocasionando prejuízos. Não planejou e improvisou, pois sempre fez assim, logo aparecerá um concorrente e fará melhor! E a consequência, inevitável, é a “morte”, o suicídio indireto no mercado.
Isso tudo porque o mercado não tolera erros. Se mesmo fazendo uma boa gestão estamos vulneráveis à competitividade sistêmica, imagine não fazendo gestão!
A nós, cabe o papel de continuar fazendo uma boa gestão para garantir resultados de sucesso, afinal, realizar melhorias e ajustes na gestão são permanentes exigências do mercado exigente, enquanto que, apesar de nossas necessidades evoluírem, nosso modelo de governo continua ineficiente.
Data: 05/04/2016